segunda-feira, 7 de junho de 2010

Não era pra escrever

O brilho do olhar virou insensatez. Sugaram meus planos e minha razão; sonhar virou ardência. Aquele olhar apertado, o gosto de menta no lábio trêmulo. A história que não podemos escrever... Não insista, não revelo. Eu só queria deleitar meus braços na sua calma, mas não, não se pode escrever. Estou suja, estou vaga, estou imprevisível. Há alguém que possa me servir mais calor que rancor? Há alguém que possa me perdoar por ser inconstantemente complexa? E há alguém? Não há. Não se pode escrever isso também. Junte as músicas, o meu cansaço, minha ansiedade, junte tudo que lhe dei por nada, e deixe mais inacabado que minha vida. Retroceda. Perdoe e me esqueça. Não posso escrever, não posso, não posso... Se não tenho você aqui, não posso escrever nossa história, não posso... Enfim, volta.

Teresa Coelho
07/06/2010

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