Minha solidão veste púrpura enquanto maquia sua cor real no canteiro do meu sorriso. Ultrajo a cor do sol para poder desaparecer despercebida no fim das tardes. A aurora de meu despertar é um relógio parado, desencontro fantasioso com o tempo. Acordar é fantasiar o tempo. Mas o rastro que deixo nesse caminho pequeno é maior que minha solidão, e agora eu já posso caminhar sozinha.
Teresa Coelho
20/04/2012