sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Se amanhã não chegar


O meu amor viu a lua nascendo primeiro
Eu tão longe dela, só vi o céu nu...
Será que o amor é a mesma contradição do céu?
O nu é puro da cor da luz que você toca
Quando pesa minha presença na mesma rede
Das tarde quentes que dividiram o seu perfume
Com a maresia do seu cabelo e com esse corpo
Que lhe escreve lembrando de todo o seu contorno
Quando era a luz do fim da tarde que contornava
Seu quadril feito à mão, linha e agulha
Depois da lua, tudo é branco e lúcido
Menos os seus olhos, que me encaram como se a noite
Fosse infinita...

(Teresa Coelho)
28/12/2012

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