quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A nuvem negra estacionou seus cortes no meu maxilar...
Chorei, calei-me.
Também estava cortada, não tinha o direito de reclamar.
Apesar do olhar embasado, pude sentir que dali sairia metáforas sobre a vida...
É uma lástima saber que lhe conheço...
Felizmente você não me reconhece...
E quem se atreverá a entender o canto da alma que fica no canto da gente cantando nossas vidas?
Atrevida é a alma, que não se apresenta, não diz o porquê de ser Alma...
Queria ser à flor...
Amar a dor e morrer sem ela...
Nós sonhamos, porque o futuro é um sonho.
Arrisque-se
Risque-se
Multiplique-se...
Afinal, do que vale o céu sem a altura?
Do que vale a morte sem a espessura?
Do que vale a vida sem a amargura?
Valia tanta vida...
Empurrada
Varrida
Sofrida...
Valia!
Já que não aprendemos o imortalizar a dor...
Deixemos que ela nos imortalize.

Teresa Coelho
15-08-2008

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