Enquanto discorro meu corpo na incerteza desses afagos, o
verde dos teus olhos bebe cada copo da minha angústia, como se a sede fosse um
pretexto para me afogar nos teus goles. A última tarde que encontrei o sol, tua
pele tremia dentro de mim, teu cabelo gemia nas minhas mãos suadas, vi o teu
rosto se desfazer para pintar de verde o chão onde dormia nossa valsa muda.
Dois desconhecidos se encontram na mesma esquina que separa o destino do amor. O
sol ficou verde depois dos teus olhos, e o meu chão, completamente embriagado.
(Teresa Coelho)
02/08/2012
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