quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cada Batida

Meu corpo caído no teu corpo e o teu coração faz: tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum tuntum...
Não consigo mais segurar meus braços fardos, presos aos teus...
Deslizando no suor que expiramos ao mesmo tempo, que nos molha e escorrega no nosso sôfrego desespero de amar e gritar e entrar na necessidade barulhenta e delirante da noite...
De repente provo teu contorcionismo, sobreponho minha boca perto, quase dentro do teu ouvido e expurgo toda a infinidade de prazer num desabafo só... Tem nos teus olhos um pedido de desculpa por existir e um suplício de afeto por ter paz no inferno.
Teu corpo caído no meu corpo e minha alma sussurra: não vá embora nunca mais.
Tum, tum, tum...

(Teresa Coelho)
19/08/2010

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