Desisto de colorir esse azul tão sem graça, seu laço é frouxo, não há delicadeza quando você desvia o olhar para mim, não há sequer eu, nesse olhar. Farei de mim objeto de uso cortante, que bebe sonhos em volúpias, soluçando e desacreditando de sonhar. O que há de errado em ser por inteiro sempre a metade de alguém? Deixa-me lamber o espelho que lhe quebra a verdade. Mas é isso que eu me sinto: pausas que doem. E não há mais nada que me faça prosseguir, assim sem pausas, só com meu coração batendo solto, e meu.
Teresa Coelho
12/08/2011
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