sexta-feira, 30 de julho de 2010

Um Gosto

Abri a porta dos meus olhos. Peguei a fobia dos nossos beijos dentro do chão.
Do chão que eu senti tremer por já não aguentar proibir a passagem do amor.
Seu corpo se forma como uma lembrança, como um quadro que atrai pessoas de verdade.
Ele desliza nas pontas dos meus dedos; meus dedos aprendem a andar nessa estrada branca, macia e doce.
Espero todos os dias poder sentir o gosto do cigarro e da pastilha que transborda de você.
Me afogo nos gestos explícitos da sua face. Seus movimentos me prendem dentro de nós.
Preciso me perder na sua bagunça, porque me sinto tão organizada de vazios concretos. Acelera minha vida
no que te deixa calma. Embriaga nossas músicas em sintonia de solidão... Encontra você sozinha dentro de mim.
Nossa liberdade quer gritar e ninguém tem o direito de ofuscar o nosso grito, nem o nosso amor.

Teresa Coelho

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