segunda-feira, 8 de março de 2010

Declaração Primitiva

E quando não houver mais o que pensar
Nem mais o que se dizer sobre o que não vivemos...
Irei viver sem pensar...
Quando não houver mais o que sonhar
Nem mais como me perder dentro de você...
Irei sonhar que posso me perder mais uma vez...
E mais uma, mais uma... Sempre.
E quando não houver mais a sua voz
Ficarei muda e surda, para nunca mais esquecê-la...
Quando não existir mais alguém que lhe faça feliz,
Quando não tiver mais ninguém que possa lhe encontrar...
Eu irei lhe encontrar e fazer feliz...
Porque diante de todos esses delírios há amor...
Há amor nessa declaração primitiva!
Eu dei em pedaços tudo o que não podia dar por inteiro, mas dei...
Você foi a particularidade mais profunda que eu pude manter em segredo...
Meu encanto e desalento...
Você foi tudo o que eu tive e não possuí...
E quando não houver mais o carnal...
Irei lhe manter, eternamente, na carne da minha alma...
Porque fosse minha vida, enquanto eu fui um passa tempo dos teus contos perdidos...
(Teresa Coelho)
08/03/2010

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