segunda-feira, 2 de maio de 2011

Todas as cores

Teu corpo suado no meu corpo nervoso, que corpo que corpo? Tudo se limitava no cubículo que cabia ao tatear desenfreado das mãos agonizantes e o medo de cair, cair uma dentro da outra. Dimensão. Pausa. Silêncio. Não pude voltar a mim desde que não saí de dentro dos teus lábios que esmurram minha frigidez sem graça, me perco envergonhada no teu cheiro. O jeito que tocou minha palidez foi sublime, nossa timidez não teve cor. Mas quem precisava das cores quando se tinha só a tua cor? Quem se importava se o céu estava lá ou não? Ele já estava submerso em cada poro que se arrepiava... Eu era cada poro e você cada arrepio. Nossa pele, num futuro amor.

Teresa Coelho
02/05/2011

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