As cortinas movem as silhuetas dos fantasmas e da luz,
Dançam de luto vermelho um tango para a noite
Dos bares outrora, das pernas que se entrelaçam
Na madrugada perene, no chão úmido dos solados
Quase mastigados pelo suor que escorre
Do batom desbotado das bocas fulminantes.
Quando o mofo nas cortinas limita-se
A um fluorescente entardecer
O vento para de fazer poesia
E as cortinas cessam
Em panos velhos.
(Teresa Coelho)
25/02/2013
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