domingo, 23 de setembro de 2012

Vertigem


Um bêbado reconhece
A cama vazia
Quando os pés
Ainda buscam
Os lençóis frios
De uma noite
Que findara
Há anos
A morada do bêbado
É o passado
Tropeços vagos
Que embalam a memória
Com papel alumínio
Enquanto o bêbado
Finge que dorme
Os pés ainda vivem
O que hoje é só
Frio e solidão

(Teresa Coelho)
23/09/2012

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