Tudo é pó e a solidão fica meio ensolarada enquanto eu choro o que não reproduz mais tinta no papel. Toda manhã, não sei mais o que me mantém disposta a encarar o rosto surrado no espelho, é como comer um pão mofado. Vou sentar mais uma vez perto de uma vida que deixei para trás, quem sabe um dia eu levanto e saio correndo de novo em busca de velhos sonhos. Quero trazer espadas, flores, bolo cru, sujeira em baixo da cama, brinquedos quebrados, cheiro de gato, sorrisos, bruxas no espelho, fugas e o para sempre. Não sei o que fazer das coisas que não vivemos nem do amor que não acabou. Desaprendi a deixar de amar. Seu colo falhou no meio da estrada e minha cabeça caiu no chão muito mais forte que antes... Sopro sem ermo, vida sem palco, amor sem fim, luz que vai sumindo aos pouquinhos dentro de tudo que passou e não valeu a pena.
Teresa Coelho
28/03/2011
Tudo vale a pena, se a gente sabe cultivar... É difícil, a gente apanha, mas aprende. Só relaxar. Quando levanta, a força é desmedida. Sonhar é bom, viver é melhor.
ResponderExcluirBeijo, Têco. Adoro o que tu escreves. :*